terça-feira, 26 de abril de 2011

Assembleia aprova convocação da secretária de Educação Olga Simão. E aí?

Ontem (25), o plenário da Assembleia Legislativa aprovou a convocação da secretária de Educação do Estado, Olga Simão, feita pelo deputado Marcelo Tavares. Muitos estranharam a aprovação, visto que diversos parlamentares da base governista ajudaram a aprová-la.
Vi que muitos parlamentares ficaram incomodados. Ora bolas!!! Quem não sabe que em política sempre tem manobras estranhas para cobrar seus interesses principalmente junto ao Executivo?
Em minha opinião, falar em crise em bancada governista é coisa “velha”, principalmente quem tem interesses contrariados. O certo é que a política se renova e os mais antigos devem se adaptar e dirigir o “novo”. É bem ressaltada a idéia de que as crises não significam a morte de algumas coisas, como no caso de convocações de secretários, nem leva necessariamente ao fim do comando, que deve estar ciente das mudanças políticas e se fazer sempre presentes, pois assim propiciará um momento de aglutinação, como algo novo.
Espera-se que essas convocações, que acho normal e de direito do Legislativo, não se transforme em crise política, além de acreditarem que isso enfraquecerá a base e as relações com os sentimentos com as instituições. Esse é propósito da oposição, enfraquecer o governo e tentar desqualificar seus secretários. O requerente, por exemplo, deputado Marcelo Tavares quer garantir o discurso dos conservadores oposicionistas, como o do seu tio José Reinaldo Tavares. No mundo político “homem é lobo do próprio homem.”
Em suma, há crises e crises, que afetam diretamente a política, que em muitos casos querem conspirar contra ela, pautadas em interesses figurados e esteriotipados num extremismo radical.  Na verdade, pode se afirmar que a crise vem alimentar o ímpeto de abalar o sistema democrático de direito, causando um processo de desgaste neste.
Então, que a secretária de Educação, Olga Simão, venha é mostre com argumentos científicos e plausíveis a verdadeira situação de sua pasta, cuja importância é mensurar o que não é de interesse do povo, mas apenas de interesse da hipocrisia, da safadeza e da politicalha, principalmente daqueles que tentarão discutir educação dentro do senso comum com argumentos idiotas.
Que venha Olga Simão, Ricardo Murad e tantos outros que forem convocados, pois o governo tem que mostrar sua cara e, principalmente, apresentar resultados voltados para o bem-estar do povo maranhense, seguindo todos os ditames das leis que regulamentam os serviços públicos.
E que a base governista passe a agir mais como grupo, deixando para discutir em reuniões seus interesses contrariados. Também, que exista mais sintonia entre os lideres e seus liderados.
fonte: Blog do caio hostilio  www.caiohostilio.com

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Já parou e pensou? Para que serve Câmara de Vereadores?




Tente lembrar-se do nome de dez vereadores que você tenha conhecido. Ou pessoalmente, ou no qual tenha votado, ou do qual tenha ouvido falar. E aí procure definir pelo menos cinco que tenham exercido o mandato com o mínimo de pudor, respeito ao seu voto, ou que tenham tido a exata compreensão do significado de representação popular.
Com certeza vai fazer um baita esforço, deve fazer, não vai achar três em dez. Em minha opinião, Câmaras de Vereadores são a maior banca de clientelismo político do País, do chamado mundo institucional, até porque atuam nas cidades, a realidade imediata de cada um de nós.
Se levarmos em conta o sistema que elege um vereador, o voto proporcional, aí a coisa piora, pois basta controlar um curral com cestas básicas, consultas médicas gratuitas, uma lâmpada num poste, um pouco de asfalto de quinta categoria, alguns até custeiam velórios e pronto, eis um vereador.
É claro que existem vereadores sérios, competentes, vereadores preocupados com o exercício do mandato à altura das expectativas do eleitor, mas um terço se tanto. O resto não conhece bússola que não seja essa forma política de atuar. O clientelismo virou “via de regra” que passa pelo gabinete do prefeito. Se for um prefeito sem vergonha, rodeado de pilantras nas chamadas secretarias, aí a coisa fica mais fácil, é tudo uma questão de troca. Uma lâmpada num poste na rua de um eleitor vale um voto num projeto chinfrim, mas dez lâmpadas valem um voto num tema importante.
O salário é bom, uns extras por fora, nenhuma preocupação em dar satisfações a quem quer que seja, pelo menos até a próxima eleição. Falo dos dois terços que não sabem e não querem nada com nada, só com o que lhes vem em forma de benesses políticas. E estou sendo bondoso.
Experimente, se é que já não experimentou, dar um pulo numa Câmara Municipal. Mas vá para olhar os vereadores, tentar verificar o seu trabalho. Tirando a turma, o terço que falei, o resto vai estar atendendo cabos eleitorais e fazendo “negócios” que possam redundar em vantagens políticas e pessoais, lógico, que ninguém é de ferro.
Não há sentido em Câmara de Vereadores.
Há um argumento bem cretino todas as vezes que se fala no custo vereador, no custo Câmara Municipal. É que não representa nada diante do orçamento, isso em termos percentuais.
Levando em conta os resultados custa uma fábula. Dinheiro jogado fora.
Por que não Conselhos? A Constituição de 1988 criou e tornou obrigatória a instituição de conselhos específicos, como saúde, educação, moradia, mas faltou peito ao constituinte (que depende dos vereadores como cabos eleitorais) para extinguir essa instituição e substituí-la por uma representação popular legítima, para além dos conselhos específicos. Os de bairros, até chegarmos a um geral.
Bobagem, inviável? Muitos prefeitos decentes tentaram transformar os conselhos em parceiros de seus governos e acabaram massacrados nas urnas pela demagogia barata do clientelismo.
Como eu disse, a realidade imediata de cada um de nós é a cidade. É nela que vivemos o dia a dia, o trabalho, constituímos família, criamos filhos, na cidade é que necessitamos de transportes públicos de boa qualidade, saúde, educação, responsabilidades direitas do poder público municipal.
Ano que vem é ano de eleições. Tem que ter dinheiro para a campanha, marketing, compra de apoio, toda a “infra-estrutura desse tipo de empreendimento.
Conselhos seriam bem mais transparentes, bem mais baratos em tudo e por tudo, dariam maior dimensão à participação popular e não conheço nada mais democrático que ampla participação popular.
É preciso repensar essa história de Câmara Municipal. Começar a discutir a idéia de conselhos representativos da população. Desde os específicos, aos gerais até chegar a um conselho municipal que, sabidamente, não necessitará de uma estrutura tão cara como as câmaras e terá uma transparência bem maior.
Isso, levando em conta que os conselhos não são necessariamente uma pessoa, lógico, são várias e observado o critério da proporcionalidade do eleitorado, iremos perceber que será bem maior, muito maior, toda a população.
fonte: Blog Caio Hostilio,Metendo o bedelho. www.caiohostilio.com